a brunilde, apesar disso, prefere viver no alpendre, para desfrutar da companhia do pimpolho.
vou até à janela e converso com eles:
-viva, pimpolho! viva, brunildinha! então, passaste bem a noite?
-claro, idun! como não tinha sono, fui visitar a gata pulquéria e fizemos as duas uma boa petiscada. e agora estamos aqui, eu e o pimpas, a aproveitar este sol fraquinho, enquanto dura...
ran ran rrannn rann ran ran rrannn rann
- o que estás a fazer, baltazar?
-estou a cavar a terra! assim a minha mãezinha vai esforçar-se menos, quando tiver de tratar do jardim.
-olha lá, tens de parar com essa mania de que a Humana é tua mãe.
-não é?!!
-claro que não. vá, entra, senta-te ao meu lado e ouve-me com atenção!
-tu apareceste aqui no jardim, quando eras muito, muito pequenino, e a Humana tomou conta de ti. mas ela não é a tua mãe. eu sou mãe do artur e do lancelote, a brida e o llugh são filhos da dominó, uma gata que teve os seus bebés cá em casa e que agora vive no Porto. a brunilde e a mimosa também tiveram os seus filhotes, que agora vivem com pessoas amigas da Humana. mas nós nunca conhecemos a tua mãe.
-oh, que tristeza!
-pois, é triste. não tiveste uma mãe como eu, que te fizesse mimos, te alimentasse e te educasse. o arturzinho e o lancelote eram muito traquinas, em pequenos. fartei-me de lhes dar sapatadas.
- então... a Humana deu-me mimos, alimentou-me, educou-me... e ainda hoje me dá uma sapatada, quando eu faço traquinices. é ela a minha mãe, vês??? bem, agora tenho de sair. vou continuar a cavar, lá fora, para ajudar a minha mãezinha. até logo!
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