agosto 30, 2008

brunilde e as lições de escrita e leitura

foi com latinhas de paté "sabores do campo" que a Humana convenceu a minha irmã brunilde a aprender a ler e a escrever. por cada lição que recebe, tem direito a este acepipe, que adora. mas, como não podia deixar de ser, a brunilde pôs algumas condições: uma delas é assistir às aulas, toda refastelada no seu cesto.

para além de representar um mau exemplo para os meus filhotes, aos quais obrigo a assistir às lições, sentados e com a máxima atenção, não é raro ela pôr-se a dormitar, enquanto eu faço uma leitura ou escrevo um texto no chão do jardim.


querem vê-la atenta e entusiasmada? bem, é só esperar que passe uma mosca ou que se ouça o canto de um passarinho...

a brunilde não presta nenhuma atenção aos meus ensinamentos e, ainda por cima, ela, que é uma péssima aluna, faz questão de assentar uns tabefes nos meus filhotes, sempre que eles não dão resposta certa a alguma pergunta que eu lhes faça!
mas sei que, com a minha irmã, não vale a pena eu teimar. se lhe chamo a atenção, por exemplo, para o facto de dar imensos erros ortográficos, é isto o que ela me diz:
-olha, vou escrever uma frase e tu vais dizer-me se entendeste o que eu escrevi.
-é claro que eu entendo, brunilde. mas quase não há uma palavra que tenha sido escrita correctamente...
- bem, isso não tem a menor importância. consigo comunicar, que é o que interessa!
e, sem me dar oportunidade de expôr as minhas razões, retira-se para dentro de casa, onde passa o tempo a ler policiais.
fico ofendida com o desrespeito com que ela me trata e até deixo de lhe falar, por umas horas. mas julgam que se importa? então, vejam só o bilhete que ela deixou hoje na minha almofada:
idun, não tesqessas de me criar um imeile no çápo. avizo qe cenão tratáres diço esta tárde lévas dois çupápos qe até vôas.
e jágora dejita-e-aliza esta minha fóto para eu uzar no meu prefil do mécenjer.

açinado: brunildinha

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